Gente algumas explicações antes de postar a segunda parte do penúltimo capítulo.
Dei uma sumida porque comecei o meu estágio da faculdade, foram duas semanas onde todas as tardes fui observar uma sala de aula, meu tempo para escrever foi reduzido drasticamente e isso resultou em um atraso e para acabar de completar meu computador me deixou na mão, tive que mandar formatar ¬¬
Agora vamos ao que interessa... estou em lágrimas porque Rendida está acabando.
A Vitória (Parte II)
-
ALEXANDREEE! – o grito desesperado da Fernanda me faz saltar de um pulo da cama.
Meu coração bate acelerado e eu procuro algo para vestir, pego a calça da
fantasia de bombeiro no chão do quarto e a coloco as presas saindo em disparada.
O grito veio da sala e eu desço as escadas correndo, encontro Fernanda na porta
visivelmente abalada, ela se vira e ao me ver corre para meus braços.
-
O que aconteceu Lindinha? – pergunto a abraçando para que pare de tremer e
chorar.
Ela
enterra o rosto no meu peito e soluça, meus olhos desviam para a porta e só
então noto o porteiro, ele está assustado e tem algo nas mãos que chama
bastante a minha atenção.
-
Mas que porra é essa? – franzo o cenho.
-
Ah... deixaram na portaria, endereçado a Dona Fernanda como presente de
casamento. – ele responde desconfortável.
Uma coroa de flores
negras com uma mensagem de saudades eternas.
Ah Rebeca... Eu vou
matar você!
-
Lindinha me solta um pouquinho? – peço segurando em seus ombros, quero ver o
tal presente mais de perto.
-
Nã... não! – grita e em resposta me aperta mais. – É horrível... eu não quero!
Cerro
o maxilar por vê-la assim e encaro o porteiro.
-
Quem mandou isso?
-
Eu... eu não sei, foi um entregador que deixou, não tinha remetente.
-
Tira isso daqui. Agora! – brado.
-
E o que eu faço com isso Sr. Alexandre? – o porteiro me pergunta desnorteado.
-
Eu não sei porra! Só tira daqui! – grito e ele assente assustado fechando a
porta.
Fernanda
entra em um choro compulsivo e é como se mil facas estivessem sendo enfiadas no
meu coração, a pego no colo e subo as escadas indo para o nosso quarto. Entro e
sento na cama com ela, seus braços envolvem o meu pescoço e eu tento fazê-la me
encarar.
-
Olha para mim. – peço baixinho.
Ela
me fita, os olhos vermelhos, os lábios trêmulos. Caralho! O sorriso lindo que
vi a poucos minutos em seu rosto quando ela saiu deste quarto não estava mais
ali.
-
Foi ela amor... – lágrimas escorrem por seu rosto. – Ela sabe que vamos nos
casar...
-
Ei não fica assim. – limpo suas lágrimas. – É isso o que ela quer, te
desestabilizar! A Rebeca está presa Fernanda.
-
Presa, mas nos mandou um presente! –
sua voz escorre pânico. – Ela mandou uma coroa de flores! E se isso for um
aviso e ela estiver planejando algo? E se fizer alguma coisa contra você?! –
ela segura meu rosto em um total desespero.
Pego
suas mãos em um aperto firme.
-
Escuta bem o que eu vou te falar. – começo firme olhando dentro dos seus olhos.
– Nem um tsunami seria capaz de me impedir de entrar naquela catedral e esperar
por você no altar. Nada vai acontecer. Eu não vou permitir.
Ela
assente um pouco mais calma me abraçando forte.
- Eu te amo Alexandre...
Dou um sorriso capaz de ser visto até
de costas.
- Eu amo mais.
Não sei quanto tempo ficamos
abraçados, não me importei em contar. Fernanda precisava se sentir segura,
protegida e eu faria o que fosse preciso para defender a nossa felicidade, para
trazer aquele sorriso lindo de volta a seu rosto.
- Eu tenho uma coisa para você. Na
verdade para nós. – eu disse depois de um tempo.
- O que é? – pergunta fazendo
beicinho.
Tiro-a do meu colo e a sento na cama
com cuidado, vou até o criado-mudo e abro a primeira gaveta pegando à caixinha
de veludo que guardei ali há alguns dias, volto para a cama e me sento de
frente para a Lindinha.
- Abre. – entrego a caixinha para
ela.
Fernanda me olha confusa e abre a
caixa, seus olhos aumentam e ela coloca a mão na boca.
- Oh...
Eram alianças, as nossas alianças de
casamento. Em ouro, com acabamento em fosca e detalhadas com dois frisos
polidos, elas eram perfeitas.
- Eu pensei que usaríamos as mesmas
do noivado. – Fernanda diz sem tirar os olhos das alianças.
- Você já me pediu em casamento, eu
queria pelo menos ter o prazer de comprar as alianças. – dou um sorriso.
- São... são lindas Alexandre.
- São sim. – ela me olha encantada.
– Eu vou ficar com a sua e você com a minha.
- Para que?
- Você vai gravar algo pra mim. –
explico. – Pode ser o que você quiser... uma frase, uma palavra... eu vou fazer
o mesmo com a sua. Nós só iremos descobrir o que o outro gravou na lua de mel.
Fernanda abre um sorriso divertido e
eu me sinto orgulhoso por ter conseguido fazê-la esquecer pelo menos
temporariamente o episódio da coroa de flores.
- Eu amei a ideia, já até sei o que
escreverei na sua! – sua voz transborda animação.
- Estou curioso.
Fernanda volta para o meu colo e me
olha com meiguice.
- Na minha aliança quero algo
romântico.
Dou um sorriso torto pela exigência
dela.
- Eu vou tentar.
Ela bate no meu ombro.
- Alexandre sem gracinhas!
- Você sabe que a minha concepção de
romantismo é diferente. – minha mão avança para dentro da sua blusa e aperta um
seio que intumesce sob o meu toque.
- Por que estou com a impressão de
que não poderei tirar essa aliança do dedo para que nunca ninguém leia o que
está gravado dentro dela? –pergunta tenebrosa me fazendo rir.
- Eu acho que você está mais do que
certa.
******
Desde
a prisão da Rebeca eu me mantive distante do andamento do processo, o que eu
queria era afastá-la da minha vida, mas mesmo presa ela arrumava um jeito de atrapalhar
as coisas. Seu advogado me procurava com frequência, Rebeca exigia uma visita
minha a cadeia, da última vez que ele esteve aqui na empresa a minha procura nem
sequer o recebi, estava cansado dessa merda. No entanto depois de hoje, depois
de ver o terror nos olhos da Fernanda eu estava muito tentado a ir até a prisão
apertar o seu pescoço. Mesmo odiando, tenho que admitir que a preocupação da
Fernanda não é em vão, Rebeca é traiçoeira e pensar na possibilidade dela
voltar a aprontar não me agrada. Eu não posso permitir que ela prejudique a
minha vida ou das pessoas que amo novamente.
-
Sr. Alexandre, o Dr. Umberto acaba de chegar. – Heloísa, a substituta da Marta,
anuncia colocando a cabeça para dentro da sala.
-
Mande-o entrar, por favor.
Ela
assente e segundos depois Umberto entra se sentando na cadeira a minha frente.
-
O que aconteceu? Você me liga e diz que precisa dos meus serviços de advogado com
urgência, fiquei preocupado.
-
A Rebeca. – o nome sai com desgosto pela minha boca. – Ela mandou uma coroa de
flores para a cobertura como presente de casamento.
Umberto
ergue as sobrancelhas.
-
Nossa eu não estou por dentro dos presentes da moda, mas creio que esse não foi
nada elegante.
-
Se a Rebeca pode se dar ao luxo de me mandar um presente significa que ela
ainda tem regalias. – digo ignorando o seu comentário.
-
Uma coroa de flores não é algo tão caro. – Umberto contrapõe.
-
Mas o advogadozinho chave de cadeia que vira e meche aparece na minha empresa a
pedido dela é. – cerro o maxilar.
-
Ele ainda anda a trás de você?
-
Infelizmente.
Umberto
afrouxa o nó da sua gravata e me encara com ar profissional.
-
Bom... as contas dela foram bloqueadas logo após a prisão.
-
Será mesmo Umberto? – cerro os olhos.
-
O que você está pensando em fazer? – ele me estuda.
-
Eu quero que você mexa os seus pauzinhos, quando você quer descobrir algo
ninguém consegue esconder nada de você. – dou um sorriso de escárnio. – Parece
que o fundo do poço não é um lugar suficiente para manter a Rebeca quieta,
vamos ter que cavar algo mais fundo.
-
ALEXANDREEE! – o grito desesperado da Fernanda me faz saltar de um pulo da cama.
Meu coração bate acelerado e eu procuro algo para vestir, pego a calça da
fantasia de bombeiro no chão do quarto e a coloco as presas saindo em disparada.
O grito veio da sala e eu desço as escadas correndo, encontro Fernanda na porta
visivelmente abalada, ela se vira e ao me ver corre para meus braços.
-
O que aconteceu Lindinha? – pergunto a abraçando para que pare de tremer e
chorar.
Ela
enterra o rosto no meu peito e soluça, meus olhos desviam para a porta e só
então noto o porteiro, ele está assustado e tem algo nas mãos que chama
bastante a minha atenção.
-
Mas que porra é essa? – franzo o cenho.
-
Ah... deixaram na portaria, endereçado a Dona Fernanda como presente de
casamento. – ele responde desconfortável.
Uma coroa de flores
negras com uma mensagem de saudades eternas.
Ah Rebeca... Eu vou
matar você!
-
Lindinha me solta um pouquinho? – peço segurando em seus ombros, quero ver o
tal presente mais de perto.
-
Nã... não! – grita e em resposta me aperta mais. – É horrível... eu não quero!
Cerro
o maxilar por vê-la assim e encaro o porteiro.
-
Quem mandou isso?
-
Eu... eu não sei, foi um entregador que deixou, não tinha remetente.
-
Tira isso daqui. Agora! – brado.
-
E o que eu faço com isso Sr. Alexandre? – o porteiro me pergunta desnorteado.
-
Eu não sei porra! Só tira daqui! – grito e ele assente assustado fechando a
porta.
Fernanda
entra em um choro compulsivo e é como se mil facas estivessem sendo enfiadas no
meu coração, a pego no colo e subo as escadas indo para o nosso quarto. Entro e
sento na cama com ela, seus braços envolvem o meu pescoço e eu tento fazê-la me
encarar.
-
Olha para mim. – peço baixinho.
Ela
me fita, os olhos vermelhos, os lábios trêmulos. Caralho! O sorriso lindo que
vi a poucos minutos em seu rosto quando ela saiu deste quarto não estava mais
ali.
-
Foi ela amor... – lágrimas escorrem por seu rosto. – Ela sabe que vamos nos
casar...
-
Ei não fica assim. – limpo suas lágrimas. – É isso o que ela quer, te
desestabilizar! A Rebeca está presa Fernanda.
-
Presa, mas nos mandou um presente! –
sua voz escorre pânico. – Ela mandou uma coroa de flores! E se isso for um
aviso e ela estiver planejando algo? E se fizer alguma coisa contra você?! –
ela segura meu rosto em um total desespero.
Pego
suas mãos em um aperto firme.
-
Escuta bem o que eu vou te falar. – começo firme olhando dentro dos seus olhos.
– Nem um tsunami seria capaz de me impedir de entrar naquela catedral e esperar
por você no altar. Nada vai acontecer. Eu não vou permitir.
Ela
assente um pouco mais calma me abraçando forte.
- Eu te amo Alexandre...
Dou um sorriso capaz de ser visto até
de costas.
- Eu amo mais.
Não sei quanto tempo ficamos
abraçados, não me importei em contar. Fernanda precisava se sentir segura,
protegida e eu faria o que fosse preciso para defender a nossa felicidade, para
trazer aquele sorriso lindo de volta a seu rosto.
- Eu tenho uma coisa para você. Na
verdade para nós. – eu disse depois de um tempo.
- O que é? – pergunta fazendo
beicinho.
Tiro-a do meu colo e a sento na cama
com cuidado, vou até o criado-mudo e abro a primeira gaveta pegando à caixinha
de veludo que guardei ali há alguns dias, volto para a cama e me sento de
frente para a Lindinha.
- Abre. – entrego a caixinha para
ela.
Fernanda me olha confusa e abre a
caixa, seus olhos aumentam e ela coloca a mão na boca.
- Oh...
Eram alianças, as nossas alianças de
casamento. Em ouro, com acabamento em fosca e detalhadas com dois frisos
polidos, elas eram perfeitas.
- Eu pensei que usaríamos as mesmas
do noivado. – Fernanda diz sem tirar os olhos das alianças.
- Você já me pediu em casamento, eu
queria pelo menos ter o prazer de comprar as alianças. – dou um sorriso.
- São... são lindas Alexandre.
- São sim. – ela me olha encantada.
– Eu vou ficar com a sua e você com a minha.
- Para que?
- Você vai gravar algo pra mim. –
explico. – Pode ser o que você quiser... uma frase, uma palavra... eu vou fazer
o mesmo com a sua. Nós só iremos descobrir o que o outro gravou na lua de mel.
Fernanda abre um sorriso divertido e
eu me sinto orgulhoso por ter conseguido fazê-la esquecer pelo menos
temporariamente o episódio da coroa de flores.
- Eu amei a ideia, já até sei o que
escreverei na sua! – sua voz transborda animação.
- Estou curioso.
Fernanda volta para o meu colo e me
olha com meiguice.
- Na minha aliança quero algo
romântico.
Dou um sorriso torto pela exigência
dela.
- Eu vou tentar.
Ela bate no meu ombro.
- Alexandre sem gracinhas!
- Você sabe que a minha concepção de
romantismo é diferente. – minha mão avança para dentro da sua blusa e aperta um
seio que intumesce sob o meu toque.
- Por que estou com a impressão de
que não poderei tirar essa aliança do dedo para que nunca ninguém leia o que
está gravado dentro dela? –pergunta tenebrosa me fazendo rir.
- Eu acho que você está mais do que
certa.
******
Desde
a prisão da Rebeca eu me mantive distante do andamento do processo, o que eu
queria era afastá-la da minha vida, mas mesmo presa ela arrumava um jeito de atrapalhar
as coisas. Seu advogado me procurava com frequência, Rebeca exigia uma visita
minha a cadeia, da última vez que ele esteve aqui na empresa a minha procura nem
sequer o recebi, estava cansado dessa merda. No entanto depois de hoje, depois
de ver o terror nos olhos da Fernanda eu estava muito tentado a ir até a prisão
apertar o seu pescoço. Mesmo odiando, tenho que admitir que a preocupação da
Fernanda não é em vão, Rebeca é traiçoeira e pensar na possibilidade dela
voltar a aprontar não me agrada. Eu não posso permitir que ela prejudique a
minha vida ou das pessoas que amo novamente.
-
Sr. Alexandre, o Dr. Umberto acaba de chegar. – Heloísa, a substituta da Marta,
anuncia colocando a cabeça para dentro da sala.
-
Mande-o entrar, por favor.
Ela
assente e segundos depois Umberto entra se sentando na cadeira a minha frente.
-
O que aconteceu? Você me liga e diz que precisa dos meus serviços de advogado com
urgência, fiquei preocupado.
-
A Rebeca. – o nome sai com desgosto pela minha boca. – Ela mandou uma coroa de
flores para a cobertura como presente de casamento.
Umberto
ergue as sobrancelhas.
-
Nossa eu não estou por dentro dos presentes da moda, mas creio que esse não foi
nada elegante.
-
Se a Rebeca pode se dar ao luxo de me mandar um presente significa que ela
ainda tem regalias. – digo ignorando o seu comentário.
-
Uma coroa de flores não é algo tão caro. – Umberto contrapõe.
-
Mas o advogadozinho chave de cadeia que vira e meche aparece na minha empresa a
pedido dela é. – cerro o maxilar.
-
Ele ainda anda a trás de você?
-
Infelizmente.
Umberto
afrouxa o nó da sua gravata e me encara com ar profissional.
-
Bom... as contas dela foram bloqueadas logo após a prisão.
-
Será mesmo Umberto? – cerro os olhos.
-
O que você está pensando em fazer? – ele me estuda.
-
Eu quero que você mexa os seus pauzinhos, quando você quer descobrir algo
ninguém consegue esconder nada de você. – dou um sorriso de escárnio. – Parece
que o fundo do poço não é um lugar suficiente para manter a Rebeca quieta,
vamos ter que cavar algo mais fundo.
ALGUNS
DIAS DEPOIS...
É
hoje! É hoje o casamento daqueles dois...
Torço
para que aquela catedral desabe. Não! Torço para que Fernanda caia e quebre o
pescoço! Vadia...
Ele
é meu... é assim que deveria ser...
Como
Alexandre pode fazer isso comigo? Colocar outra no lugar que sempre foi meu? Mas
a felicidade deles não durará para sempre... eu vou usar todo o meu dinheiro
para sair dessa pocilga, nem que seja pelos meios ilegais!
-
Rebeca Ventura, você tem visita. – a carcereira anuncia abrindo minha cela.
Abro
um sorriso de puro alívio, ficar alguns minutos longe da minha companheira de
cela é maravilhoso. Levanto-me de supetão, mas ela puxa o meu braço e me encara
com um sorrisinho debochado.
-
Não demora bebê, odeio ficar sozinha...
Meus
olhos enchem-se de lágrimas. Até quando?! Até quando serei escrava sexual
dessa... desse... ah! Não sei nem que nome dar a ela!
-
Anda logo! Que demora é essa?! – a carcereira se irrita e a nojenta me solta.
Na
sala de visitas meu advogado me espera de pé. Sento na cadeira e cruzo as mãos
sobre a mesa, ele me olha de um modo indecifrável.
-
Mandou o meu presente? – pergunto cheia de sorrisos, tirar a alegria daqueles
dois me faz feliz... ah como me faz!
-
Mandei, mas não foi isso que me trouxe até aqui.
-
E o que foi então? – ergo uma sobrancelha.
-
Eu estou deixando o caso Rebeca. – ele anuncia e eu franzo o cenho.
-
Que caso? – pergunto limpando a garganta.
-
O seu caso.
Encaro-o
furiosa, mas em seguida um sorriso dança em meus lábios.
-
Hum... essa é mais uma de suas estratégias para conseguir um aumento de
salário?
Ele
solta uma gargalhada.
-
Não Rebeca, até porque você não poderia pagar.
-
Como assim eu não poderia pagar? – começo a ficar histérica.
-
A pessoa que cuida da sua conta na Suíça, que é a mesma que faz o deposito dos
meus honorários, me ligou ontem para informar o cancelamento da sua conta.
Parece que a policia descobriu onde você guarda o seu pote de ouro.
Meus
olhos se arregalam.
-
Não pode ser! – grito. – Como?!
-
Eu não sei. – ele dá de ombros.
-
Como não sabe?! – bato as duas mãos na mesa e me levanto. – Procure saber seu
inútil! Reverta a situação. Eu não posso ficar pobre!
-
Nem relógio trabalha de graça Rebeca. – ele sorri. – A partir de hoje eu não
sou mais o seu advogado. Seu caso será encaminhado para um defensor público.
Ele
se levanta e segue em direção a porta, corro atrás dele o puxando pelo braço.
-
Não! Você não pode abandonar o meu caso... – imploro segurando em seus ombros.
-
Você não tem mais como me pagar.
Engulo
em seco e colo meu corpo ao dele.
-
Nós podemos dar um jeito. – tento não soar desesperada, pego suas mãos e as
levo até meus seios. – Aperte-os... sinta como são firmes...
Ele
solta um riso baixo.
-
Eu sou gay Rebeca. – o cretino me empurra e me dá as costas. – Guarde a sua sedução barata para seu novo
advogado, possa ser que ele goste de vadias.
É o meu fim. Eu
estou presa e... e pobre.
Atiro-me
no chão aos pés do advogado agarrando suas pernas em uma cena deprimente.
-
Por favor, não! – choro. – Nãoooo!
-
Me larga!
Uma
policial entra na sala e liberta o advogado que sai as pressas pela porta sem
me dirigir mais nenhum olhar. Entro em um choro compulsivo, eu estou perdida...
não tenho mais ninguém a quem recorrer!
Marcos
eu mesma matei...
Murilo
se foi...
E
o Alexandre... o Alexandre me abandonou!
O
que será de mim? Voltarei para a minha cela e serei abusada por aquela nojenta!
Eu
prefiro a morte...
Olho-me
no espelho sem acreditar neste momento, lágrimas tentam sair dos meus olhos,
mas as seguro para que não borre minha maquiagem perfeita. É o meu dia... Meu e
do homem que amo.
A
nossa história não é nenhum conto de fadas, mas hoje eu permito me sentir uma
princesa. O vestido se moldou ao meu corpo como uma segunda pele, no busto ele é
justo, a renda francesa tem transparência em lugares estratégicos deixando
algumas partes da minha pele a mostra, o decote é modesto dando-me um ar
angelical e na cintura o vestido forma uma saia não muito rodada que desce
elegantemente até cobrir meus pés que estão confortavelmente em sapatos brancos.
Meu coração bate tão forte no peito que
tenho certeza que as batidas podem ser ouvidas por qualquer um, em menos de uma
hora estarei casada com o Alexandre.
A
cabeleireira entra no quarto trazendo nas mãos o véu de 3 metros de comprimento
e o prende no meu cabelo que está em um coque volumoso com alguns fios soltos. Assim
que termina o seu trabalho ela sai me lançando um sorriso orgulhoso, mamãe e
papai entram logo em seguida e eu tenho que abanar meus olhos para não começar
a chorar.
-
Filha você está linda... – papai me abraça com cuidado para não amassar o
vestido. – Nunca vi noiva mais bonita.
-
Oh pai eu estou tão feliz sabe... – minha voz sai embargada.
-
Você será ainda mais meu amor... O Alexandre é um homem bom. – papai me encara,
lágrimas saindo de seus olhos.
-
Oh Filha! – mamãe se aproxima me abraçando também. – Alexandre está tão lindo,
um príncipe.
Dou
um sorriso com o deslumbramento da Dona Júlia.
-
Eu posso imaginar mãe...
-
Ele saiu há algum tempo para a catedral. Disse para você não demorar muito.
Alexandre
e eu nos arrumamos na cobertura, eu fiquei no nosso quarto e ele usou o de
hospedes que fica no andar de baixo.
-
Você entregou para ele a aliança? – depois de muito pensar só ontem decidi o
que gravar na aliança do meu futuro marido.
-
Dei filha. – mamãe afirma.
-
Você o fez prometer não ler antes da hora? – ergo uma sobrancelha.
-
Sim meu bem. – mamãe assente e eu suspiro aliviada. Levávamos as nossas
promessas muito a sério. Sei que ele cumpriria.
-
Acho melhor nos apressarmos. – papai diz olhando no relógio, o casamento estava
marcado para as 19h.
Meus
pais estão muito elegantes, papai usa um terno fino e mamãe um longo na cor
vinho.
-
Falta o meu buquê. – digo o procurando pelo quarto.
-
Aqui está. – papai o acha primeiro e me entrega.
No
buquê optei por lírios brancos, Marta disse que traria sorte ao casamento e eu
não sou louca de duvidar da minha amiga.
-
Fernanda, lírios brancos além de outras coisas representam a maternidade. –
mamãe me olha esperançosa. – Que Deus conceda a vocês uma bela família.
Engulo
em seco e encaro papai que acaba de abraçar mamãe muito emocionado. Merda! Eu
ainda não havia contado que eles não teriam netos. Durante esses meses sempre
fui deixando para depois e acabei não contando, agora vendo a esperança no
olhar que eles me dirigem eu me sinto muito mal.
- Ah... mãe. – dou um sorriso amarelo. – Nós
não teremos filhos.
Papai
me olha impenetrável e mamãe coloca a mão no peito com a expressão chocada.
-
Como assim não terão filhos?!
-
O Alexandre é vasectomizado, eu sei que deveria ter dito antes, mas...
-
Oh meu Deus... – minha mãe coloca a mão na cabeça simulando um desmaio, papai a
ampara pela cintura.
-
Fernanda a outras formas. – papai começa. – A medicina moderna traz muitas
opções e há também a adoção...
-
Pai ele não quer filhos. Possa ser que ele mude de ideia. – dou um sorriso me
lembrando da sua relação com o Gugu. – Mas se isso acontecer será no tempo dele,
eu não vou forçar a barra, mas também se nunca acontecer... eu não vou deixar
de ser feliz, me sinto grata só de tê-lo em minha vida, ele é tão maravilhoso.
Vocês têm ideia de quantas pessoas passam a vida inteira procurando o tipo de
amor que eu encontrei?
-
Oh meu Deus! – mamãe começa o seu drama particular. – Eu não irei aguentar essa
decepção... A minha filha não vai dar continuidade a nossa linhagem.
-
Mãe pelo amor de Deus! – reviro os olhos. – Isso é tão Idade Média. Eu sei que
vocês estão tristes e que esse não é o melhor momento para essa conversa, mas
também não é o fim do mundo.
-
Pra mim é o apocalipse! – mamãe grita.
-
Júlia, por favor, hoje é o casamento da nossa menina... não vamos estragar as
coisas. – papai intervém.
-
Eu não terei netos Fernando... Nós
não teremos netos! – vejo minha mãe sair do quarto transtornada e fechar a
porta atrás de si.
-
Eu vou falar com ela. – papai faz menção de sair, mas seguro em seu braço.
-
Você me odeia também? – encaro papai temendo por sua resposta. O chilique da
mamãe eu poderia aguentar, mas se meu pai me odiar o meu grande dia estará
arruinado.
Ele
segura em meu rosto com ambas as mãos.
-
Fernanda a sua mãe não odeia você, muito menos eu. Foi um choque admito, eu
também queria netos. Mas se você for feliz eu posso superar. – ele sorri e uma
lágrima desce pelo meu rosto, papai a limpa com o polegar. – Nada de lágrimas,
é o grande dia.
Assinto
e ele beija a minha testa indo atrás da mamãe logo em seguida.
Não
sei onde estava com a merda da cabeça quando aceitei a sugestão da Marta e
vesti um fraque preto, eu me sentia um pinguim. Marta disse que eu pareceria um
príncipe e só por isso concordei com o fraque, hoje, pelo menos hoje, eu queria
ser um príncipe para a minha Lindinha. A catedral estava lotada, eu andava de
um lado para o outro no altar a ponto de ter um ataque.
Caralho!
Por que ela está demorando tanto?
-
Alexandre você já está me deixando tonto andando de lá para cá. – Lucas se
aproxima batendo no meu ombro.
Cerro
os olhos para ele.
-
Sem piadinhas, por favor. Volte para o seu lugar. – ele e sua mulher Clarisse,
que já estava no altar, eram meus padrinhos.
-
E deixar você abrir um buraco no chão da Igreja? Nem pensar! – brinca me
irritando. – Relaxa, ela vai vim.
-
É claro que ela vai vim! – me irrito.
-
A não ser que...
-
A não ser que o que? – um frio na minha espinha me deixa em alerta.
-
A não ser que ela tenha percebido a loucura que iria cometer e tenha desistido.
– Lucas ri da minha cara.
-
Eu vou matar você! – vejo vermelho o que faz Lucas ri mais.
-
Cheguei! – a voz da Marta me faz virar para a entrada da catedral, ela anda a
passos rápidos e Sérgio vem logo atrás com o Gugu nos braços. Fernanda havia
chamado os dois para serem seus padrinhos.
-
Marta e a Fernanda? – pergunto quando ela chega perto.
-
Eu não sei... deve estar se arrumando. Calma, Nanda não deve demorar, noivas
sempre se atrasam... – Marta sorri.
Sérgio
fica ao lado da Marta e eu me aproximo para olhar o meu afilhado, ele dorme o
sono dos justos e está vestido em um terninho cinza.
-
Com quem o Gugu vai ficar? – pergunto o pegando do colo do Sergio.
-
A Alicia disse que ficaria com ele para mim. – Marta aponta para a primeira
fileira de bancos onde Dr. Tomas e toda a sua família está, cumprimento a todos
com um aceno de cabeça.
-
Ei campeão. – falo com o Gugu e ele começa a despertar. – Quero você acordado
para ver o meu casamento.
Gugu
abre um sorriso e eu começo a me acalmar, é como se ele dissesse para mim “ela vai vim dindo”.
-
Então esse é o famoso Gustavo. – Lucas saúda Marta e Sérgio e aperta as
bochechas do meu afilhado.
Dou
um sorriso bobo.
-
É esse é o Gugu. – afirmo. – E ele me adora não é campeão?
-
O Alexandre acha que é a Super Nany. – Sérgio me alfineta.
-
Sérgio morre de ciúmes. – pisco para Lucas e ele ri fazendo Sérgio revirar os
olhos.
-
Dá para os dois pararem com a disputa. – Marta olha de mim para o Sérgio. – Me
dá o Gustavo. Vou entregá-lo para a Alicia, temos que ir para os nossos postos.
-
Ah Marta deixa o Gugu aqui... – protesto quando ela o tira dos meus braços.
-
Você é o noivo! – ela me repreende. – Noivos não seguram bebes durante a
cerimônia.
Marta
sai e Sérgio e Lucas caem na risada.
Belos padrinhos fui
arrumar...
Mamãe
entra no quarto um pouco mais calma, papai não veio com ela, acho que queria
que conversássemos a sós.
-
Eu pensei que ser mãe fosse o seu sonho. – ela diz me estudando.
-
Na verdade meu sonho era encontrar um amor maior do que tudo que já imaginei e
com ele construir uma família. Estou realizando isso hoje mãe, a partir do
momento que sairmos da catedral seremos uma família.
Ela
me olha com lágrimas nos olhos.
-
Ele faz seus pés não sentirem o chão? Faz o seu mundo parar e sua cabeça
esquecer-se de tudo? Faz você sentir um amor tão grande que sua vontade é de
reparti-lo com o mundo inteiro?
-
Sim mãe, ele faz.
Ela
chega perto e sorri para mim.
-
Então eu tenho certeza que tudo vai acontecer como deve, um homem que é capaz
de fazer uma mulher se sentir assim faz de tudo para fazê-la feliz porque eles
compartilham juntos da mesma felicidade. – mamãe me abraça e eu acho que ela
nunca me disse algo tão bonito. Tenho certeza que papai teve uma longa conversa
com ela.
-
Vim buscar minhas garotas. – papai entra no quarto e sorri quando vê mamãe e eu
abraçadas.
-
Suas garotas estão prontas. – mamãe me solta e pega na minha mão. – Temos um
noivo ansioso esperando certa moça...
-
Então não devemos deixá-lo esperando. – mordo os lábios ansiosa.
Puta merda! Eu vou
me casar...
******
As
portas da catedral estavam fechadas, mamãe já havia entrado para avisar a todos
que a noiva entraria em instantes. Respirei profundamente buscando o ar que me
faltava, papai me ofereceu seu braço e eu aceitei bastante nervosa.
-
Pai como faço para não chorar? – tento me controlar.
-
É impossível querida, a partir de agora vocês serão um só e não há no mundo
coisa mais linda que isso.
A
minha mulher entraria em instantes, um sorriso idiota dançava em minha boca e
eu passei os olhos pelos convidados que lotavam a catedral, vi rostos
conhecidos, alguns parentes da Fernanda que conheci em Ribeirão Bonito e
estaquei quando uma cabeleira castanha chamou minha atenção.
Mas.
Que. Porra.
O
que ele está fazendo aqui? Quem convidou o cabelo de menina?! Ah mas ele sairia
daqui a pontapés! Posso apostar que se o padre perguntar se tem alguém contra esse
casamento ele vai levantar. Dei um passo descendo o primeiro degrau do altar quando
os acordes de Give Me Love do Ed Sheeran começou a tocar e as portas da
catedral se abriram.
-
Aonde você vai filho? – o padre sussurra baixinho.
Fico
vermelho ao notar que chamei atenção de alguns convidados e volto ao meu lugar
com um sorriso sem graça.
-
Ah... lugar nenhum padre.
Meu coração para quando vejo Fernanda linda como
nunca de braços dados com o pai. Ela anda a passos lentos pelo tapete vermelho em
minha direção e sorri, o sorriso que sempre me deixou de quatro por ela.
Give me love like her
'Cause lately I've been waking up alone
Pain splattered teardrops on my shirt
Told you I'd let them go
Meus
olhos ardem e não consigo controlar as lágrimas, não me importo com nada, hoje
era o dia mais feliz da minha vida.
And I'll fight my corner
Maybe tonight I'll call ya
After my blood turns into alcohol
No, I just wanna hold ya
Os
soluços da Marta estão altos e eu me sinto grato por não ser o único chorão
aqui, Seu Fernando traz a filha muito emocionado e a minha Lindinha também
chora.
Give a little time to me, we'll burn this out
We'll play hide and seek, to turn this around
All I want is the taste that your lips allow
Dizem
que quando uma pessoa vê a morte de perto sua vida passa em questão de segundos
na sua frente, quando casamos algo bastante parecido acontece. Você se lembra com
uma velocidade impressionante tudo o que viveu com a sua futura mulher, o
primeiro encontro, as brigas, as reconciliações, os momentos engraçados, seus
erros e os dela, os acertos e as inúmeras promessas de amor.
My, my, my my, oh, give me love
My, my, my my, oh, give me love
My, my, my, my, give me love
Fernanda
já havia feito metade do caminho e nossos olhos não se desgrudavam, ela era o
meu espelho, a minha certeza de felicidade, a mulher que me fez querer mais,
que curou todas as minhas feridas e trouxe luz a minha escuridão. Eu a amava...
Give me love like never before
'Cause lately I've been craving more
And it's been a while but I still feel the same
Maybe I should let you go
Ela
gesticula um “eu te amo” com a boca e eu respondo um “eu amo mais”. Sorrimos um
para o outro, seríamos felizes com todas as nossas imperfeições. Para. Todo. O. Sempre.
You know I'll fight my corner
And that tonight I'll call ya
After my blood, is drowning in alcohol
No I just wanna hold ya
Seu
Fernando me entrega sua filha e me dá um abraço apertado.
-
Faça-a feliz meu filho. – sussurra durante o abraço.
-
Eu farei.
Fernanda
ganha um beijo do pai na testa e eu pego em sua mão a guiando até a frente do
altar.
-
Você está linda.
-
Você também não está nada mal. – ela pisca pra mim.
-
Estamos aqui reunidos para celebrar o amor. – o padre começa. – O amor muitas
vezes toma caminhos tortuosos, mas quando verdadeiro sempre acha o caminho de
volta. Que amor, carinho e compreensão sempre estejam presentes na vida de
vocês! O casamento é o começo de uma nova vida...
O
padre emociona com suas palavras dando conselhos dos quais nunca me esquecerei
porque não a nada que eu queira mais do que envelhecer ao lado da mulher ao meu
lado. A cerimônia transcorre de forma linda e eu espero ansioso a troca das
alianças, parece que esse momento nunca chegará, não vejo a hora de sermos
marido e mulher.
-
Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas
e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
Fernanda
e eu nos entreolhamos e damos as mãos direitas ficando um de frente para o
outro. Era a hora dos nossos votos, combinamos que falaríamos o tradicional e
depois acrescentaríamos algo.
-
Eu Alexandre, recebo você Fernanda como minha mulher e prometo ser fiel, amar-te
e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os
dias da nossa vida. – as palavras saem da minha boca com emoção e ela chora. – Deve
me permitir que eu te diga o quanto eu te admiro e te amo ardentemente. Você enfeitiçou
o meu corpo e a minha alma e eu a amo e amo e amo.
Fernanda
funga e seus olhos refletem a mesma emoção que os meus, eu sabia que ela amava
Orgulho e Preconceito da Jane Austen, por isso escolhi para meus votos as
declarações que o Mr. Darcy fez a Elizabeth Bennet.
-
Eu Fernanda, recebo você Alexandre como meu marido e prometo ser fiel, amar-te
e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença por todos os
dias da nossa vida. – ela olha fundo nos meus olhos sem deixar o sorriso bonito
sair de seus lábios. – Querido, eu te amarei até que tenhamos 70 anos. Amor,
meu coração ainda se apaixonará tão fácil quanto quando tínhamos 23. Me abrace
com seus amáveis braços, beije-me sob a luz de mil estrelas, coloque sua cabeça
em meu coração que bate... estou pensando alto, talvez tenhamos achado o amor
bem aqui, onde estamos.
Ela
termina e dou um sorriso apaixonado, reconheci de imediato a letra da música Thinking
Out Loud do Ed Sheeran. Meus olhos desviam para a sua boca e eu me pergunto se
demorará muito até que o padre me permita beijá-la.
Após
a benção e entrega das alianças ao padre ele as abençoa e eu pego a mão
esquerda da Fernanda.
-
Fernanda, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – passo a aliança em seu anelar e
em seguida beijo sua mão.
-
Alexandre, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – ela passa a aliança no meu anelar
e repete o meu gesto beijando minha mão.
Quanto
de felicidade o meu coração ainda poderia aguentar? Eu o amo Deus... o amo
tanto e ele me ama também, é o que sempre vejo quando olho em seus lindos olhos
verdes.
-
Eu vós declaro, marido e mulher. – o padre fala e abrimos um sorriso gigante. –
Pode beijar a noiva.
Alexandre
sorri torto e eu me repreendo por pensar indecências no altar, ele se aproxima
até que nossos pés se toquem e meu coração lateja no peito.
-
E então? O que acontece depois que o mocinho deixa de ser um bastardo, se
apaixona pela mocinha e se casa com ela? – pergunta baixinho, bem próximo da
minha boca.
-
Ela mostra a ele que tudo valeu à pena e o faz muito feliz. – respondo
esperando por seu beijo.
-
Eu sou o seu felizes para sempre. – confidencia me enlaçando pela cintura. –
Sempre fui eu.
Sua
boca praticamente assalta a minha em um beijo de tirar o fôlego, Alexandre cola
nossos corpos me incendiando, meus abraços enlaçam o seu pescoço e ele
aproveita para aprofundar o beijo, nossas línguas dançam e ao fundo ouço uma
chuva de aplausos e gritos.
Give a little time to me, we'll burn this out
We'll play hide and seek, to turn this around
All I want is the taste that your lips allow
My, my, my, my, oh, give me love
Give a little time to me, we'll burn this out
We'll play hide and seek, to turn this around
All I want is the taste that your lips allow
Casado.
Dessa vez pelos motivos certos.
Eu
estou feliz, realizado e cada vez mais apaixonado por minha mulher. Após o
casamento, fomos receber os cumprimentos em um clube que foi fechado para a
nossa festa, festa essa que não pretendo demorar mais que o suficiente, não
vejo a hora de levar minha adorável esposa para nossa casa e tirar aquele
vestido do seu corpo.
-
Eu já te desejei toda a felicidade do mundo? – Lucas diz se juntando a mim em
um canto do salão, Fernanda estava cumprimentando alguns parentes e eu estava a
certa distância a olhando feito um bobo.
-
Não. – encaro Lucas divertido.
-
Pois eu te desejo toda a felicidade do mundo meu amigo. – ele bate no meu
ombro. Ficamos em silêncio e eu volto a olhar para a minha mulher, ela estava
linda vestida de noiva, o véu Fernanda havia tirado, ela não conseguiria se
movimentar com ele pelo salão. – Como Fernanda reagiu quando soube da reversão
da vasectomia?
Solto
um suspiro e sinto Lucas me olhar de soslaio.
-
Ela ainda não sabe.
-
Como assim... – ele para um pouco e eu o encaro. – Cara você não contou?!
-
Eu resolvi esperar um pouco para ver o que acontece. – dou de ombros.
Lucas
me fita como se eu tivesse duas cabeças.
-
Para ver o que acontece?! – ele se controla para não gritar. – Eu vou te dizer
o que vai acontecer, ela vai engravidar seu idiota e vai ficar desesperada
quando descobrir porque pensa que você é vasectomizado! – ele corre as mãos
pelos cabelos. – Alexandre ela já pode até estar grávida, você tem ideia disso?!
-
Você disse que demoraria um pouco de acontecer. – franzo o cenho.
-
Não! Eu disse que poderia demorar.
Você tem que contar a Fernanda!
-
Contar o que? – Marta pergunta se aproximando e lançando um olhar curioso de
mim para o Lucas.
Lucas
tosse e eu penso rápido em algo.
-
Sobre a casa Marta. – disfarço. – Lucas acha que eu deveria contar a Fernanda
que comprei uma casa para morarmos depois de casados.
-
Hum... Mas ele quer fazer surpresa Lucas. – Marta parece acreditar na minha
desculpa. – Em todo caso a Nanda saberá hoje, eles passarão a lua de mel lá.
-
O Alexandre adora uma surpresa não é? – Lucas ironiza. – Resta saber se a
Fernanda vai gostar.
Olho
para ele de cara feia porque sei que ele se refere a reversão da vasectomia.
-
A casa é linda. Por que a Nanda não iria gostar? – Marta indaga sem entender.
-
Ah não ligue para o que o Lucas fala Marta, ele já bebeu demais. – dou um sorriso
sem graça e uma cotovelada no Lucas.
-
Bom eu vou procurar o Sérgio. – ela diz sorridente. – Daqui a pouco temos a
dança dos noivos. – ela avisa.
Assinto
e Marta some no meio dos convidados.
-
Você tem que contar. – Lucas fala sério.
-
Eu vou esperar um pouco está bem... se nada acontecer eu conto.
-
Eu já vi muitas mulheres engravidarem para fazer surpresa, agora um homem
engravidar uma mulher para fazer surpresa é a primeira vez. – ele me censura. –
A Fernanda vai matar você.
Dou
um sorriso.
-
Duvido que ela mate o pai do filho dela.
Procuro
Fernanda pelo salão com os olhos, ela não está mais conversando com os
familiares, quando a encontro vejo vermelho, ela está em uma conversa animada
com o Cabelo de Menina.
-
Porra! – esbravejo.
-
Quem é ele? – Lucas pergunta interessado.
-
Ex-namoradinho de adolescência. – respondo com desgosto. – Foi algo sem muita
importância.
-
Se foi algo sem muita importância porque você está querendo matar o cara. –
Lucas provoca. – Hum... seria ciúmes?
-
Você está de brincadeira não é? – o fulmino com o olhar. – Olha só o cabelo
dele. – aponto. – Imagina se eu vou ter ciúmes de um cara que tem cabelo de
menina.
Lucas
gargalha.
-
Eu achei ele bonitão.
-
Ótimo vai lá e pega ele pra você. – me irrito. – Vocês formariam um belo casal.
-
Sou casado. – ele ri me mostrando a mão esquerda.
-
A Fernanda também é casada. – bufo. – Mas parece que ele não se toca.
-
Alexandre volta aqui. – Lucas pede quando me vê andar na direção deles.
-
Fica na sua Lucas. A mulher é minha. – respondo.
Não
acreditei quando o Ivo veio falar comigo, mamãe disse que havia convidado a
família dele, mas eles se desculparam e disseram que não poderiam vir.
-
Ah Ivo fico muito feliz por está aqui. – dou um sorriso.
-
Eu tinha que vim. – ele sorri um tanto triste. – Você está linda.
Fico
um pouco sem graça.
-
Ah... hum... obrigada.
-
O Alexandre tem muita sorte, uma sorte que eu gostaria de não ter jogado fora.
Engulo
em seco. Eu e Ivo terminamos porque ele foi embora de Ribeirão Bonito para
fazer faculdade, mas hoje sei que mesmo que ele tivesse ficado nós não teríamos
dado certo.
-
Ivo você ainda encontrará alguém legal. – sinto a necessidade de dizer algo.
-
Talvez... – ele sorri de canto e acaricia minha bochecha. – Você é tão importante
pra mim...
Sinto
um braço possessivo enlaçar minha cintura e não preciso me virar para saber
quem é.
-
Tira a mão da minha mulher. – Alexandre brada nervoso e eu fecho os olhos
porque sei que ele está muito irritado.
-
Eu vim na paz cara. – Ivo levanta as mãos em sinal de rendição. – Só estava
cumprimentando a Fernanda pelo casamento.
-
Dizendo para a minha mulher o quanto
ela é importante para você? – Alexandre pergunta irônico.
-
Alexandre, por favor... – tento contê-lo.
-
Ela é importante para mim. – Ivo afirma, eu acho que ele não tem medo de
morrer. – Assim como sei que sou importante para ela.
Oh merda!
-
Ah claro! Por conta de um namorico de adolescentes. – Alexandre ri de forma
perigosa.
-
Não foi um namorico! – Ivo se irrita. – Foi muito mais que isso, nós vivemos
coisas que...
-
Vamos parar, por favor. – chamo a atenção deles antes que Ivo fale demais.
-
Não. – Alexandre me dirige um olhar furioso. – Agora eu quero saber o que o
Cabelo de Menina viveu de tão importante com você!
-
Você me chamou de que? – Ivo cerra o maxilar e Alexandre ri desdenhoso.
-
Cabelo. De. Menina. – ele fala pausadamente cada palavra só para provocar.
-
Eu só não arrebento a sua cara por causa da Nanda. – Ivo dá um passo na direção
do Alexandre.
Oh merda Ivo! Você
não vai querer brincar com o Alexandre dessa forma...
-
Tente. – Alexandre diz entredentes. – Desde Ribeirão Bonito que estou louco
para amassar o seu rostinho delicado.
Afasto
os dois cansada desse concurso de mijada.
-
Chega! Ninguém vai arrebentar ninguém no meu casamento.
Eles
se entreolham furiosos.
-
Está tudo bem aqui? – Alicia se aproxima curiosa.
-
Está sim Alicia. – respondo respirando fundo.
-
Quem é ele? – ela pergunta interessada olhando para Ivo.
Abro
a boca para responder, mas Alexandre o faz primeiro.
-
É o amiguinho da Fernanda. Cabelo de Menina, Alicia. Alicia, Cabelo de Menina.
– Alexandre faz as apresentações e vejo Ivo avançar um passo na direção dele, o
impeço com um gesto de mão.
-
O nome dele é Ivo, Alicia. Ele é da minha cidade natal, Ribeirão Bonito.
-
Prazer. – Alicia estende a mão para Ivo com os olhos brilhantes, mas ele não
parece muito interessado.
-
Prazer Alice. – ele pega na mão dela e só agora a encara.
-
É Alicia. – ela o repreende por ele ter dito o seu nome errado.
-
Me perdoe. – Ivo se desculpa olhando para o Alexandre de cara feia. – A gente
se vê depois Nanda, eu vou indo. Foi um prazer Alicia.
Ivo
sai pisando duro e Alicia dá um sorriso sem graça.
-
Eu acho que ele não gostou de mim. – ela comenta um pouco incomodada, acho que
não está acostumada com rejeição.
-
Imagina Alicia, é que ele e o Alexandre não se dão muito bem. Por isso ele saiu
assim. – a consolo massageando o seu braço.
-
Como é que é? Ele é mal educado e a culpa é minha?! – Alexandre se irrita.
-Vocês
não vão discutir hoje não é? – ela nos repreende com um sorriso gentil. – Oh...
papai acaba de acenar para mim, eu vou ver o que ele quer. – ela se despede nós
deixando a sós.
-
A Alicia tem razão, não vamos brigar hoje. – enlaço o pescoço dele.
Alexandre
segura meus braços me afastando dele.
-
Quem o convidou? – pergunta aborrecido.
-
Meus pais convidaram a família dele, mas só o Ivo pode vir. – explico.
-
E o que vocês viveram de tão importante? – ele ergue uma sobrancelha e eu não
consigo deixar de sorrir por seu ciúmes. – Do que você está rindo?
-
Do você. Seu ciumento.
-
Eu já te disse que não sinto ciúmes do Cabelo de Menina. – fala entredentes. –
E então? Vai responder ou não?
Reviro
os olhos.
-
Alexandre, por favor...
-
Fala. Agora. – ele fica vermelho.
Solto
uma respiração pesada.
-
Eu e Ivo éramos jovens quando namoramos, acabamos descobrindo muitas coisas
juntos, ele foi o meu primeiro...
-
Já entendi. – ele me corta e cruza os braços emburrado.
-
E você vai ficar chateado com isso? Mesmo sabendo que você é o grande amor da
minha vida? – tento conter um sorriso ao ver que ele está amolecendo.
-
Tudo bem. – ele cede. – De qualquer forma deve ter sido a pior experiência da
sua vida... – dou uma gargalhada e ele acaba rindo também. – Você também é o
grande amor da minha vida. – diz segurando em minha nuca e depositando um beijo
casto em meus lábios.
-
Atenção noivos! Vamos à dança! – Marta acaba de subir no palco onde a banda se
apresentava e fala ao microfone.
-
Que música você escolheu? – ele pergunta.
-
Love Someone do Jason Mraz. – pego em sua mão o puxando para a pista.
******
Após
a dança e corte do bolo, Alexandre me chamou para ir embora. Despedi-me dos meus
pais com lágrimas nos olhos, eles dormiriam na cobertura e amanhã cedo
voltariam para Ribeirão Bonito.
-
Cadê o Alexandre filha? – mamãe pergunta. – Quero me despedir dele também.
-
Ah ele está se despedindo do Gugu, o nosso afilhado. – o mostro para a mamãe,
Alexandre está do outro lado do salão com o Gustavo nos braços.
-
Filha você tem certeza que o Alexandre não quer ter filhos? – papai me olha
desconfiado. – Ele parece tão encantado...
-
Filha por que você não conversa com o Alexandre? – mamãe faz beicinho. – Vocês
seriam pais maravilhosos...
-
Mãe nós já conversamos e eu aceitei a situação. – digo olhando para ambos. –
Acreditem, estou feliz. Muito feliz na verdade.
Fito
Alexandre no exato momento em que ele deposita um beijo na testa do Gugu. Experimento
um apertozinho no peito com a cena, no fundo do meu coração eu tinha a certeza de
que ele seria um pai amoroso.
-
Onde estamos? – Fernanda pergunta depois de entrarmos na nossa casa, ela está
de olhos vendados e tem um sorriso ansioso na boca. – Alexandre posso tirar a
venda agora?
Fico
atrás dela e tiro a venda de seus olhos deixando-a cair bem devagar. Fernanda
fica em silêncio e anda pela sala um pouco confusa, a casa é perfeita, Marta me
ajudou muito com a decoração e os móveis. No primeiro andar tínhamos sala de
estar e de jantar, biblioteca, escritório, sala de jogos, uma cozinha com
balcão, dispensa e área de serviço, uma escada em espiral levava ao segundo
andar que comportava seis quartos com suíte e mais uma sala que penso em
transformar em um espaço de lazer para as crianças que ainda iríamos ter. Na
área externa tínhamos uma piscina com ótima iluminação que ficava linda ao
anoitecer, churrasqueira e hidromassagem, jardins com várias plantas contornavam
o espaço deixando a vista da varando simplesmente magnífica.
-
E então? Gostou? – pergunto ansioso vendo Fernanda andar pela sala sem dizer
nada.
-
Você alugou para a nossa lua de mel? – indaga inocente.
Dou
um sorriso. Ela ainda não entendeu.
-
Na verdade eu comprei. Vamos morar aqui.
Ela
ergue as sobrancelhas surpresa.
-
Aqui? Eu pensei que fossemos ficar na cobertura.
-
A cobertura é excelente, mas não se parece em nada com um lar.
Ela
assente embasbacada.
-
A casa é perfeita, nem em sonho eu poderia imaginar algo tão... tão... nossa eu
nem sei o que dizer. – para começando a chorar.
Aproximo-me
tocando seu rosto com delicadeza.
-
A marta me ajudou muito. Ela tinha certeza que você iria amar.
-
E ela não me disse nada! Eu mato a Marta!
-
Eu pedi. – afirmo. – Queria que fosse uma surpresa.
-
E foi. – ela abre um sorriso. – Mas você não acha enorme para nós dois? –
pergunta voltando a passar os olhos pela casa.
Não... eu não acho
Lindinha, você vai me ajudar a enchê-la de crianças.
-
Nós sempre podemos receber visitas. – respondo dando de ombros. – Nossos
amigos, seus pais...
Ela
assente e me abraça.
-
Você me faz tão feliz amor.
-
Eu prefiro te fazer feliz no nosso quarto. – a pego no colo e começo a subir as
escadas. – Será o lugar onde passaremos as próximas horas.
Entramos
no quarto e Alexandre me coloca no chão, levo a mão à boca em um gesto
involuntário. O quarto é enorme com grandes aberturas para uma varanda que
garantem luminosidade, ele é todo na cor bege e nas paredes estão as nossas
placas.
-
Você as trouxe. – digo emocionada. Estão todas as cinco ali.
-
São as nossas regras, todos os dias elas estarão aí nós lembrando o que
representamos para o outro.
-
Obrigada por tudo. – tento não começar a chorar de novo. – Eu estou amando cada
detalhe. Você pensou em tudo.
Caminho
pelo quarto e olho para a cama king size dando um sorriso maroto.
- Quando vamos começar a testar isso aqui. –
sento na cama e o encaro.
-
Teremos a vida inteira para testá-la, mas agora prefiro começar por outro lugar.
– seus olhos estão febris e ele começa a tirar o fraque.
-
Que lugar? – ergo uma sobrancelha.
Ele
não responde apenas sorri enquanto se livra das roupas, Alexandre fica só de
box e me puxa pela mão me colocando de costas para ele. Suas mãos pousam em
minha cintura e ele cheira o meu pescoço.
-
Vou livrar você desse vestido. – Alexandre começa a desabotoar os botões um a
um e não demora a descer o vestido pelo meu corpo, ele vai beijando cada parte
da pele exposta e isso me arrepia pra caramba.
Ele
me vira para ele e leva as mãos para meus cabelos desfazendo meu coque, as
mechas vão se soltando e caindo por meus ombros.
-
Você não tem ideia do quanto fica sexy com eles assim. – sussurra e eu mordo os
lábios ansiosa para saber o que ele fará comigo.
Alexandre
fica de joelhos na minha frente e desce por minhas pernas a minha única peça de
roupa restante, uma calcinha de renda branca, ele levanta um pé meu de cada vez
para passar a calcinha e a leva ao nariz cheirando por longos minutos, seus
olhos prendem os meus em uma sedução quente e inebriante.
-
Abra as pernas. – ele pede rouco e eu obedeço rápido louca para sentir sua boca
em meu sexo.
Alexandre
senta no chão e coloca a cabeça por baixo de minhas pernas passando a me chupar,
minhas pernas amolecem e eu prendo seus cabelos em minha mão. Sua língua
castiga meu clitóris e eu solto gemidos altos, Alexandre sabe fazer aquilo bem
demais. Solto um grunido de protesto quando perco o contato da sua boca quente,
ele se levanta e me encara passando a língua pelos lábios.
-
Ansiosa Srª McConaughey?
-
Muito... – gemo.
Ele
me pega no colo e anda até uma porta onde imagino que seja o banheiro. Entramos
e o ambiente não é diferente do resto da casa, é perfeito, têm acabamentos em
branco e revestimento de madeira, a bancada é de marmoglass branco e o grande
espelho tem iluminação embutida, mas o que chama bastante atenção é a banheira,
ela é enorme, acho que cabem uma três pessoas ali dentro. Alexandre me põe no
chão e eu me aproximo percebendo que ela está cheia, mas não de água, é o
liquido meio amaralelado. O cheiro é inconfundível, introduzo minha mão em
concha e pego um pouco do liquido levando a boca.
-
Mas isso é...
-
Champagne. – ele completa. – Você e champagne. Combinação interessante não
é? – ele dá um sorriso travesso e tira a box, seu pau salta para fora duro e
grande, as veias saltadas, pronto pra mim.
Com
uma expressão abobalhada o vejo entrar na banheira e se sentar, seu corpo
mergulhado no champanhe e ele está
sexy.
Oh. Meu. Deus.
-
Quantas garrafas de champagne você
usou para encher essa banheira? –
pergunto a primeira coisa passa por minha cabeça.
-
Foram muitas Srª McConaughey e lhe adianto que não foi nada barato. – ele me
dirige um olhar sério. – Portanto espero que você faça valer à pena. – quando
termina de falar um sorriso pecaminoso dança em sua boca.
-
Você é maluco. – sussurro entrando na banheira e ficando de frente para ele,
minhas pernas enroladas em sua cintura.
Isso
vai ser quente como o inferno!
Alexandre
me beija com posse, sua língua explora minha boca e depois desce para meu
pescoço e continua o caminho até um dos seios, ele prende o bico entre os
dentes e depois passa a sugá-lo com força, pendo a cabeça para trás e fecho os
olhos me deliciando, Alexandre passa para o outro seio repetindo a mesma
atenção, minhas unhas cravam em suas costas musculosas e eu ofego.
-
Essa é de longe a coisa mais deliciosa que já experimentei. – ele declara com
olhos febris. – O gosto do champagne
em sua pele é afrodisíaco Fernanda.
Sua
mão desce por minha barriga e chega ao meu sexo, ele estimula meu clitóris e
meu mundo parece dar um volta de trezentos e sessenta graus,
-
Por favor... eu preciso de você dentro de mim. – levanto-me o suficiente para
nos encaixarmos e desço lentamente sendo preenchida. – Agora.
-
Caralho... – brada cravando as mãos em meu bumbum. – Gostosa... gostosa pra
caralho.
Seguro
na borda da banheira e começo a me movimentar ditando o ritmo, eu quero
enlouquecê-lo, quero fazê-lo pagar por ser tão gostoso, então me movimento
devagar e sei que ele odeia isso. Sinto cada centímetro do seu membro dentro do
meu corpo, minha boca chega a sua orelha e eu mordo a ponta com força.
-
Ah Fernanda... mais rápido...
-
Pede, por favor. – sussurro excitada, sentindo meu sexo se lubrificar mais.
Sua
mão agarra o meu cabelo com força e ele me faz encará-lo, seus olhos estão
irritados.
-
Quando eu peço... – sua mão livre vai parar na minha cintura em um aperto
firme. – Você obedece... – ele estoca forte dentro de mim.
-
OH... – grito.
-
Porque quem manda... – outra estocada potente. – Sou eu. – outra estocada.
-
AHH... – ofego.
-
Você entendeu? – ele para de se movimentar me enlouquecendo.
-
Entendi. – minha voz sai baixa, ofegante, desesperada por mais.
-
Que bom que entendeu. – seus lábios fazem uma sucção no meu pescoço e eu sei
que ele está rindo, sua barba castiga minha pele e um arrepio toma meu corpo me
fazendo tremer.
Ele
volta a estocar dentro de mim forte e rápido me preenchendo e tirando qualquer
pensamento da minha cabeça. Se existe um deus do sexo com certeza esse deus é o
Alexandre, ele fala a mesma língua do meu corpo, conhece cada zona erógena e
sabe exatamente onde fica meu ponto G.
-
Vai cachorra. – pede rouco. – Rebola... faz essa bocetinha quente engolir o meu
pau.
Obedeço
e pratico movimentos circulatórios, ele grita o meu nome alto e isso me excita
mais, me perco mais uma vez na nossa dança primitiva, a temperatura do meu
corpo sobe e pela segunda vez na vida eu tenho uma ejaculação feminina.
-
OH... ALEXANDREEEE!
Ele
continua com movimentos rápidos, intensos e sem descanso até alcançar o seu
prazer. Alexandre se enterra dentro de mim e me abraça, eu escuto o tum-tum do
seu coração está tão acelerado quanto o meu, seu jato quente invade meu canal
ele um tremor gostoso percorre seu corpo.
-
Hoje é o primeiro dia feliz do resto de nossas vidas. – sussurra com o rosto
enterrado na curva do meu pescoço.
Meus
olhos ardem devido às lágrimas.
-
Eu amo você. – me aconchego a ele. – E nossos dias serão todos assim.
Depois
de foder como coelhos no chuveiro e na bancada do banheiro, Fernanda e eu
deitamos na cama vendo o sol nascer através da varanda do quarto.
–
Eu não acredito que passei a noite em claro... eu preciso dormir. – ela diz
manhosa abrindo a boca.
Dou
um sorriso.
-
Eu bem que pedi para pararmos, mas você não quis.
Ela
me olha indignada e bate no meu braço.
-
Seu mentiroso! Eu que quis parar e você que disse não. Agora estou acabada,
destruída, aniquilada.
Dou
uma gargalhada alta pelo drama dela.
-
Vamos ler o que cada um gravou na aliança do outro e depois eu deixo você
dormir.
-
Oh... eu tinha me esquecido. – ela se anima e senta na cama. – Você primeiro,
leia o que gravei.
Sento-me
também e tiro a aliança do dedo.
-
Para amar, respeitar e chatear A. & F. – leio com um sorriso bobo e coloco
a aliança de volta, ela sorri feliz.
-
Agora é a minha vez! – Fernanda tira sua aliança do dedo e abre a boca em um O
perfeito. – Eu não acredito que você escreveu “Todos os dias e 2x ao domingo F.
& A.”.
Dou
um sorriso torto e beijo a bochecha dela.
-
Sorte sua que hoje não é domingo, senão iríamos começar agora mesmo.
-
Alexandre! – ela me repreende. – Isso não foi romântico.
-
Como não? Quando estou dentro de você, eu estou te amando. – digo tocando seu
rosto. – Foi assim que as coisas começaram e eu acho que te amei desde então,
só demorei a perceber.
Ela
põe a aliança de volta no dedo e morde os lábios.
-
Você é o romântico mais safado do mundo.
Beijo
seu nariz.
-
E eu sei que você ama isso.
-
É eu amo mesmo e vou amar para sempre.
11 comentários:
Adorei tudo, o Casamento, as broncas do Lucas, a ruína da megera e a aparição do cabelo de menina kkk ;3 tadinho do Ivo, mas espero que ele perceba que a Alicia goste dele.
E seria engraçado o primeiro bebe do Alexandre e da Nanda fosse uma menina porque, ela descobriria estar grávida, e ao mesmo tempo ia ser fofo a reação surpresa do Alexandre ;3 pois ele estaria acostumado com a a companhia do Gugu.
Adorei a história, realmente muito envolvente, o caso de amor Alexandre e Fernanda foi empolgante. Estou ansiosa para saber como será o episodio em que ela descobre q está grávida sem o Alexandre ter lhe contado da reversão. E espero que tenha um episódio do encontro picante de Alicia e o Ivo.
Quando será o último capitulo pelo amor de Deus... To desesperada.....
Por favor contínua to ficando louca esperando o final do meu mais querido casal <3
Cadê o momento que o Alexandre conta pra Fernanda?
nao acredito que passei 3 das lendo e nao tem o final :@
Muito bom,quero muito ler o final.onde encontro?
Gente onde encontro o final?
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